
Tânia: atriz, leal, questionadora, sincera, irônica, exigente, fácil, radical, sensível, dura, intensa, controladora, generosa, egoísta, protetora, desapegada, aberta, ermitã, sensata e aventureira.
"Sou todas em Uma"
BEM VINDOS!

27 de fev. de 2010
EU QUE FIZ !

PEDOFILIA
PEDOFILIA
Se uma criança disser que alguém a molestou sexualmente, é verdade; crianças não inventam isso.
Há que estar ATENTO para mudanças de comportamento como passar a dormir com a porta fechada, ter vergonha de tirar a roupa no banho ou não querer mais frequentar a casa daquela pessoa que antes a criança gostava tanto. Alterações de humor ou nos estudos podem ser indícios de que a criança está sendo abusada.
Na maioria das vezes, pode ser um familiar em quem se confia. Alguém que dá muito colo, muitos mimos ou presentes. Que se oferece pra levar e trazer...
Uma dica; não permitas que tua criança se vista como se fosse um adulto, promete?
Não digo que devamos ficar paranóicos, mas há que observar, deixar a credulidade de lado e desconfiar de gestos mais “carinhosos” ou demasiada atenção para com a nossa criança.
É verdade que existem pessoas que gostam de crianças e jamais molestariam, claro! Mas existem os “doentes, os PEDÓFILOS, e são estes que MATAM algo na criança. Para sempre.
Tem alguma dúvida e não sabe como abordar o assunto com a criança? Procura ajuda de um profissional, mas CONFIA EM TEUS INSTINTOS e investiga: pode não ser nada, mas pode ser TUDO O QUE DE MAIS TERRÍVEL ACONTEÇA A UM SER EM FORMAÇÃO.
A solidão é enorme, assim como o medo - sempre existe uma ameaça embora velada! - e a vergonha, porque a criança acha que é “culpa dela”.
Já passei por isso: eu sei.
26 de fev. de 2010
TEATRO

SÓ RINDO
Ontem, meu marido e eu demos uma saída.
Ele dirigia, claro; eu sigo com tipóia. Saco.
Ao estacionar frente de um barzinho, um carro ao lado
reclamou porque estávamos estacionando e por uns sagrados segundos,
atrasando sua passagem.
Não é o cúmulo querer estacionar?! (Ironicamente, se alguém não entendeu, rsrsrs)
Daí ele disse:
"passa; tem lugar pra um caminhão passar!"
Sabe o que a criatura respondeu?
Não perde:
"MAS EU TÔ DIRIGINDO UM CARRO!"
25 de fev. de 2010
“BALZAQUIANOS DE PORTO ALEGRE”

24 de fev. de 2010
O QUE TE MOVE???
Certas vezes na vida nos sentimos angustiados e não sabemos à que dar prioridade...Alguns; não todos. Muita gente sabe desde cedo o que deseja, que inveja!
Trabalhar 12 horas por dia, ganhar bem e ver pouco a família e os amigos?
Abrir mão de fins de muitos semana e trabalhar (MAIS) planejando as estratégias da semana seguinte?
Se tá namorando; sacrificar o romance OU atirar-se de cabeça porque o amor vale mais que tudo?
Abrir mão de um futuro sólido conquistado com o esforço próprio?!
Se casada; contratar empregada, e, tendo filhos, apelar pra uma BOA babá e deixar nas mãos de BOM colégio a educação dos filhos?
$$$$ não traz felicidade, mas AJUDA PACAS!
OU dedicar-se à criar a família, ter filhos sem culpa, estar disponível pra parir e depois levar e trazer filhos de um lado pro outro, fazer a mala pro marido quando viaja a trabalho?
Vai ser chamada pelas amigas bem sucedidas profissionalmente de "dondoca" ou - PIOR -"Amélia"?
Quem nunca passou por isso?!
Dúvidas todos temos e ainda por cima sempre tem gente cobrando o que vamos fazer!
Não interessa: NÃO ESCUTA os outros, ok? JURA???
Decide o que queres e vai atrás, te joga de cabeça MESMO!
Se gostar de arrumar a casa e cozinhar, faz!
Se prefere ser uma profissional de sucesso, MANDA VER!
Seja o que for que decidires da tua vida, por favor, esquece "aquele palavrão" horroroso: CULPA.
Vai, faz e faz BEM FEITO...
E depois curte!
MINHA MÃE FOI MÁ.

PANETONE ESPIRITUAL
ELEVADOR
COMPUTADOR!
EU ERA FELIZ
Até que resolvi comprar um computador.
No começo tudo bem, foi AQUELA novidade!
Aprender a mexer no mouse (NÃO É UM RATO!) a usar o Word (poxa, eu pensava que já sabia usar palavras) e descobri que as teclas são maciiias e que para jogar paciência, não precisaria mais ficar baralhando cartas a cada jogada: legal!
Ele sublinha, muda a cor das letras, coloca maiúsculas automaticamente, faz tudo sozinho, posso programar espaços e parágrafos, maravilha!
Tem “programas” (não são saídas com amigos)..Um deles se chama Excel; ali posso anotar todas as minhas despesas, entre milhares de outras coisas, (que ainda não descobri,) e ele soma (sozinho claro!), é o máximo!
O tempo foi passando e os figurões não param de inventar algo novo a cada dia, então descobri que todos os dias meu CARO computador já está ULTRAPASSADO!
Não importa o quão moderno ele seja, saca?
Não é como um vestido que dura pelo menos uma estação ou um carro que vai ser último modelo pelo menos um ano INTEIRINHO.
Tempos depois veio a INTERNET; uhuuuuuu!
No começo, de linha discada mas agora é “banda larga”; quem inventou esse termo estranho?
Claro que tive que aprender a navegar e NEM SEI MERGULHAR!
Tantos hardwares e softwares...nova e estranha linguagem.
Então, a cada 2 anos (mais ou menos) tenho que ir acrescentando memória.
Não podemos fazer isso em nós?
A nossa memória sim que vai gastando; por que é que algum cientista não inventa isso?
Isso sim seria revolucionário!
Mudam uma plaquinha ali dentro e os problemas parecem resolvidos. Aleluia.
Só que: imagina assim, ó; tu és uma pessoa normal, tens um escritório em casa e vais colocando as coisas nas gavetas e nas prateleiras.
De vez em quando fazes uma faxina e jogas um monte de coisas fora, mas têm outras que nem pensar: o recorte do Paulo Santana com uma nota onde cita um sobrinho; a receita de sagú que saiu na revista; teus escritos sobre Freud; essas coisas...
Com o computador é igual, só que não vais fazer a faxina quando quiseres e sim quando "ELE" te obriga porque não tem mais espaço de armazenamento!
Como assim, o cara que me vendeu disse que tinha não sei quantos “ram”, (???) e ainda me joga a culpa dizendo que EU estou baixando arquivos pesados: quer dizer que o “site” X me oferece a tese de meus sonhos e agora o brinquedinho não tem mais gavetas?
QUANTO $$$?!
Mas o técnico me jura que vou ter capacidade para muito tempo então topo, negocio em duas vezes e mando instalar a tal capacidade. O computador trava, fica leeento, lá vem o técnico e me comunica que preciso acrescentar bites (até então, eu achava que eram mordidas) e fico com cara de idiota franzindo a testa, fingindo que sei do que ele está falando; fazer o quê?
Bota mais mordidas no meu bolso...Ok...Droga de computador.
O tempo passa, creio que os problemas se resolveram e o meu filho, que está morando em New York me manda umas fotos que (CLARO!) não abrem.
Falo com o técnico e ele diz que é por que EU não tenho o programa “tal”, que não entende como eu pude mexer nessa máquina até hoje sem O TAL PROGRAMA...Me sinto um dinossauro!
Então combinamos DATA e HORA para instalar o programa.
Ele chega três dias depois, vem as 21 e não às 9.
Mais mordidas me são oferecidas e vou precisar delas porque as fotos são pesadas e os arquivos ídem.
Arquivos para mim, eram armários grandes, tipo aqueles metálicos, lembra?
Levanto pela manhã uns dias depois e resolvo acabar aquele texto que comecei há algum tempo e não acho, sumiu, tomou Doril! (Ainda se diz isso?)
De uns tempos para cá engordei um pouco, meu médico me mandou fazer exercícios, diz que passo muito tempo sentada no computador, e que só assim a dor nas costas vai passar.
Logo agora que descobri que posso entrar na biblioteca do Vaticano?!
Ligo para O CARA e por telefone mesmo, ali, rapidinho, ele me diz que tenho vírus - o meu médico não tem essa capacidade, para cada coisinha me pede mil exames antes de fazer qualquer diagnóstico – então lá vem outra visita.
Ele leva a minha máquina (é assim que “eles” chamam) e eu fico meio que olhando para os lados, com saudades pensando; “como vou viver esses três dias”?
Depois de uma semana o “REI” da casa está de volta!
O técnico monta tudo e no fim me mostra uma “coisinha” na mão dele - sabe aquela cara de quem tem uma mina de ouro na mão? - e me conta que com aquilo eu vou poder gravar com segurança tudo o que acho importante, é um gravador de DVD.
Disquete, minha senhora?! Ele me olha com desprezo: disquete já era...
JAMAIS consegui programar o tal aparelho!...Instala!
(Eu sou do tempo do Atari, gente! Vídeo-cassete para mim já era um mistério...)
Tá, e como é que eu gravo?
"Simples"; diz ele, e começa a mexer nos botões, a tela vai mudando, aqueles dedos (odiosos) se mexem numa velocidade que dá vontade de dar uma martelada, grito: “PÁRA TUDO! Começa outra vez, desta vez devagar”.
Não adianta, são umas 50 janelas (coisas do Gates) diferentes e eu tenho que teclar (não é piano) na ordem certa se quero que funcione. Resolvo anotar, embora me sinta a mãe do Tiranossaurus Rex.
Agora ficou fácil, é assim: se coloca o DVD, abre a cópia do DVD e vai em DVD decripter, aí é só memorizar destination e copiar DVD, fechar o decripter, abrir o shrink, clicar (palavra tão bonitinha, né?) em open files, selecionar a pasta copiada, dar ok de novo e fazer o backup. Aí se escreve c:\temp, dá ok, diz que sim, vai em meu computador = D, deleta a pasta copiada, dá shift + deleta e diz que sim. Quando era mesmo que tinha que colocar o DVD a ser gravado, depois tirar este e colocar o virgem?
(Para mim isto também era outra coisa...)
Fácil.
Só que agora preciso comprar DVDs virgens.
Alguém sabe onde é que se compra isso?
Eu não tenho coragem de perguntar para o técnico, odeio ele!
09/06/2006
Pela data do textinho, já deu pra ver que melhorei, né...até tenho blog, rsrsrs
“GÊNIOS que estão criando...”
Estamos criando uma nova raça de seres “humanos”...Na verdade, GÊNIOS!
Nossas crianças decidem ainda no berço o que querem comer.
Logo, os sapatos que vão usar, se os pais lhes darão mais um irmãozinho ou não e têm voz ativa na casa que a família vai comprar...ou não.
No meu tempo (sim, sou do tempo do “meu tempo”) quando o professor entrava na sala de aula, se fazia silêncio.
Quando os pais ou os avós falavam, nos calávamos, concordando ou não com o que diziam.
No ônibus, minha mãe me ensinou a ceder o assento para os mais velhos.
Isso tinha e ainda tem nome; RESPEITO.
Havia ditadura? Sim, exagerada! Absurdamente, decidiam até a profissão dos filhos e com quem estes iam casar.
Se seriam felizes ou não, isso nem era tão importante; o que contava mais era o que era “certo”.
E nem faz tanto assim, não!
Com o passar dos tempos, muitas coisas mudaram; aleluia!
A famosa surra passou a ser crime, embora lamentavelmente ainda se jogue a criança chorona pela janela...
Os professores já não têm o direito de bater nos alunos, em boa hora!
Crianças já não são obrigadas a comer mocotó, se lhes dá nojo.
Cada um fica, namora e mora com quem quer e se não dá certo, é só voltar pra casa dos pais.
E graças a Deus, cada um escolhe a profissão que quiser, mesmo que seja Perito em Relógios de Ar que só funcionam no fundo do mar do Egito...
Além da escola, aulas de balé, futebol, judô e salto em altura são incentivados.
Os pais trabalham exaustivamente pra pagar todas essas necessidades, assim como o último vídeo game e as roupas de griffe; afinal eles não podem passar vergonha na frente dos coleguinhas, certo?
MAS toda moeda tem dois lados e nesta mudança de costumes, alguns valores vêm se perdendo.
Já se pode mandar os pais à merda – e vão mandar, mais cedo ou mais cedo, SE NÃO MANDARAM AINDA – e se pode mandar os avós calarem a boca sem o menor piscar de olhos de ninguém.
Quando um professor tenta dar aulas, pode chegar a ficar rouco na tentativa de cumprir sua função de ensinar.
Se este reclamar muito, pode ser agredido ou processado por algum “anjinho” e este será ferrenhamente defendido pelos pais, pois a criançada não pode ser “humilhada”.
Quando, pela primeira vez, lemos nos jornais que um aluno tinha levado uma arma para o colégio e matado alguns colegas e professores, ficamos estarrecidos.
Hoje, se instalam sensores nos portões dos colégios, como nos presídios.
Virou coisa previsível?
Praticar esportes perigosos (ôps; radicais) é tão incentivado como meninas tomarem a pílula a partir dos 13 anos e meninos aprenderem a usara camisinha antes de limpar direito o material.
Há que manter a individualidade e ser autêntico, mesmo que isso signifique não ir com a cara do diretor do colégio ou de uma avó e ignorá-los solenemente!
Enquanto “pequenos”, os levam de carro para todos os lugares, - uiui! - podem pegar um vírus mortal em algum ônibus as gracinhas...
Mas ao entrar na faculdade, voltarão (voltarão?) pra casa às 8 da manhã, mesmo que vocês, pais perfeitos, não saibam onde ou com quem estavam nem o que faziam.
Ousarão perguntar?...rsrs.
Afinal, o que importa é que nossas “perfeitas” crias amadas tenham sua banda de rock de garagem e que passem no vestibular aos 16 ou no máximo 18 anos, que orgulho, parabéns, papais!
Só pra provar que sou do tempo da caretice, apenas lembrem (lembrem BEM; não digam que não foram avisados) se eles hoje os vêem ignorar um idoso, vocês vão ser – merecidamente - ignorados quando começarem a esquecer das coisas e na primeira vez que babarem -BEM FEITO! - serão colocados no primeiro asilo que eles puderem pagar.
Usufruam muito suas honrosas presenças quando eles os forem visitar, uma vez por mês, durante uma interminável meia hora.
No dia do pagamento, óbvio.
Afinal, os “gênios” não poderão perder tempo com velharias = vocês.
Combinado?
MEXERAM NO MEU QUEIJO!
Faz alguns meses li o livro de título acima.
A obra de Spencer Johnson fala sobre “MUDANÇAS” Trata-se de dois ratinhos e dois homens que viviam no mesmo labirinto.
Alimentavam-se apenas de queijo e, como haviam encontrado um quarto repleto dessa iguaria, foram felizes... ...até a comida desaparecer misteriosamente.
Enfatiza que todo ser humano - mesmo sentindo medo de mudar - possui dentro de si a capacidade necessária para vencer tal desafio e que cada pessoa é responsável por suas escolhas, sucessos e fracassos.
(Fontes de internet)
Falando parece fácil, hahaha “E o que isto tem a ver comigo?” É a reação na maioria das pessoas!
Na minha humilde opiniãozinha (perdão por tê-la sem haver consultado ninguém e além de tudo falar nisso) penso que, se estamos “acostumados” com algo, isso gera segurança, estabilidade, e certeza de que, se quisermos ou precisarmos do queijo, ele vai estar ali.
Ao alcance da nossa mão ou da nossa necessidade.
E na incapacidade de ir pegar o queijo,algum do grupo vai trazer o queijo.
E aí começam os comentários...
“O que deu em fulano pra mudar isso E ainda por cima sem me perguntar?!” “Sicrano não precisava mudar o queijo de lugar; estava bom pra todo mundo!” “Como ele fez isso sem consultar ninguém? Afinal o queijo é de todos...” “Fulano pirou; perdeu o juízo e vai quebrar a cara” ...(Parece praga!).
O que leva um bem sucedido gerente de banco que trabalha há 15 anos vender tudo e ir montar uma barraca de cachorro quente em Maceió?
O que leva o filho perfeito que fazia engenharia querer mudar pra “artes”?
O que leva uma dona de casa já com os filhos criados, (a quem não falta nada) buscar um trabalho no qual vai estar depé 8 horas?
Poderia citar muitas razões; desejo de bem estar interior, insatisfação com a própria rotina limitante da vida, cansaço de ser o curinga de todos, e a mais absurda de todas...- busca de “FELICIDADE”?!
Ora bolas!
O queijo está bem ali e bom pra todos, e aí aparece algum idiota querendo provocar mudanças que podem (e vão) afetar a vida de todos.
É, uma mudança na vida de uma pessoa pode provocar a insatisfação de muita gente e quando alguém resolve “mexer no queijo da gente”, isso nos tira da “zona de conforto”.
Chato, não? Que ousadia!
CUIDADO!!!

ALZHEIMER!
ALZHEIMER..."AL", para os íntimos.
O “AL”Antigamente, se morria de gripe, de parto, de nó nas tripas, apendicite, de malária, de tuberculose e “daquela doença”, que dava azar dizer a palavra câncer.
E de velhice.
Não corremos tantos riscos, pois a medicina de imagem, com suas poderosas máquinas de tomografia, ressonância magnética, cintilografia, entre outros, detectam em tempo recorde qualquer hérnia deslocada ou vesícula deteriorados.
Uma cirurgia de vesícula já é feita com quatro furinhos que mal se enxergam um ano depois; videolaparoscopia.
Há 25 anos deixava uma cicatriz de cima à baixo na barriga, um horror!
Já temos robôs realizando experimentos cirúrgicos...Passo!
Hoje, os médicos não precisam mais perder tempo apalpando o abdômem dos pacientes, se pedem exames de laboratório que há 10 anos nem existiam e se sabe tudotudotudo em 24 horas!
Me pergunto: que fim levou o coitado do 33?
Vivemos num tempo no qual as notícias são transmitidas pro mundo inteiro quase na hora exata em que acontecem!Skype, e-mail, MSN, telefones de longo alcance, toda a tecnologia (que em 30 dias estarão ultrapassados), que nos mantém permanentemente conectados e até rastreados, na busca incessante de informações cada vez mais precisas.
Troca-se órgãos como quem troca de roupa e até transplante de cara já se faz!
Implantar um braço ou uma perna decepados, corriqueiro, até já perdeu a graça da novidade.
Um tumor cerebral muquirana é perfeitamente operável, tranqüilo.
Antes, os velhos ficavam caducos e dizíamos que era Arteriosclerose.
Agora, vivem cada vez mais tempo, praticam asa delta aos 90 anos de idade, temos pílulas de felicidade e o bendito Viagra, que permite transar até 4 horas...
No entanto, o cérebro continua sendo um enigma.
Existe uma doença que está tomando conta e seu nome é temido quando diagnosticado: o mal de Alzheimer.
Tem este nome pelo médico que o descobriu em 1906, o Dr Aloïs Alzheimer.
Às vezes, ousamos até “brincar” quando alguém esquece algo e dizemos: “o alemão te pegou”?
É, brincamos enquanto não chega perto...Conheço cada vez mais gente que tem, em sua família, pelo menos uma pessoa afetada por esta doença.Muita coisa têm se dito que previne este terrível mal; praticar exercícios físicos, fazer palavras cruzadas e manter o cérebro vivo.
BALELAS! Mentira! Nada previne nem cura ainda.
O presidente Ronald Reagan estava ainda no poder, exercitando seus neurônios diariamente e não foi a intensa atividade cerebral que o protegeu.
Como explicar um casal que tem uma vida intelectual parecida, ambos exercitam a mente e apenas UM é afetado pelo Alzheimer?
Dizem ser genético (hereditário), mas se nunca houve um caso desses na família; como explicar?
É degenerativo, progressivo e ainda incurável.
Uma demência que se "enxerga" ao olhar uma tomografia cerebral, na qual se vê uma zona que vai ficando literalmente branca e apagada.
Rezo até pro diabo pra que os homens da ciência sejam iluminados rápido e descubram a cura!
Claro que tenho medo de ser afetada, como qualquer ser humano (ainda) no seu juízo!
No começo, parece um inofensivo “esquecimento” de nomes de pessoas com as quais o doente convive diariamente, ou tarefas a serem realizadas.
Não sou médica nem enfermeira e não é minha intenção apavorar ninguém ou tirar a esperança, mas já tive uma clínica geriátrica, então convivi com algumas pessoas que faleceram desta doença e as experiências que tive foram todas dramáticas.
No começo a gente até acha graça...viram quase crianças, contam as mesmas coisas várias vezes, comem, esquecem que já comeram e comem novamente.
Misteriosamente, na maioria dos casos, vão emagrecendo.
Muitas vezes, ao conviver com um paciente afetado pelo Alzheimer, lembro do “Poema Enjoadinho” de Vínicius:
“bebem amoníaco, comem botão (e sabão), chupam gilete, bebem shampoo, ateiam fogo no quarteirão.”
Não é exagero, não...
No começo, alguns momentos de lucidez e memória perfeita de coisas que aconteceram 30 anos antes!
Lembro de Irena que sabia todas as orações PERFEITAMENTE, mas não reconhecia nenhum de seus 7 filhos e muito menos seus nomes.
Marina, aos 83 anos, dizia “muito prazer” ao seu filho único, todos os sábados, mas me repetia - exatamente igual todas as semanas - as receitas de pão que sua mãe fazia!
Julia, beata ferrenha, dizia os piores palavrões que já ouvi; mas sempre durante o período da tarde e só pela tarde; pela manhã contava do 1 ao 98 centenas de vezes...
Muito estranho!
Logo temos que ajudá-los a vestir-se, pois fechar o tal botão na casa certa parece tarefa impossível.
Em alguns casos, o risco de fuga é constante; não podem ver uma porta aberta que lá se vão mundo afora, e a família sai desesperada gritando o nome pelo bairro, mas eles esquecem seus próprios nomes, assim como esquecem os dos filhos e cônjuges e das feições destes.
Outros acendem todas as luzes da casa durante o dia e as vão apagando à noite.
Passam - em segundos - da agressividade extrema ao afeto irresistível e é impossível não dar o pedido colo.
O tempo vai passando e o cérebro vai “desaprendendo” coisas tão simples como lavar as mãos, servir-se de um copo d´água ou comer sozinho.
Temos que dar comida na boca, lembrá-los de engolir, certamente trocar fraldas, bem como dar banho e enquanto caminham, cuidar pra que não enfiem os dedos na tomada de luz.
Quando já não conseguem caminhar e passam mais tempo na cama, os movimentos corporais diminuem também.
Os tendões vão-se encurtando e as pernas já não esticam.
Surgem as terríveis escaras (feridas), produzidas pela falta de circulação sanguínea em várias partes do corpo, onde exercem pressão.
As zonas mais afetadas parecem ser cóccix, quadril, calcanhares, cotovelos e até cabeça.
Pode-se deixar a TV ligada achando que eles estão vendo seu programa favorito.
Que nada; apenas olham aquelas figuras coloridas em movimento constante!
Chega um momento no qual a pessoa já não consegue engolir a comida; simplesmente esqueceu como se faz?
Chegada a hora de instalar a horrorosa sonda nasal para alimentação, a família vacila, rejeita, nega e finalmente tem que aceitar, pra que seu familiar não morra de fome.
Familiares que, muitas vezes, acabam tendo que ser medicados pelo estresse que traz o cuidar constantemente de uma pessoa com o mal de Alzheimer...
O melhor é o revezamento familiar e muita vontade, muito amor, conforto físico e paciência!
Nada mais...
Pois o final é igual para todos; uma morte muitas vezes lenta, sempre dolorida - talvez mais pra família que pro próprio doente – um estado de quase coma constante.
Alguns médicos "tratam" como se houvesse alguma possibilidade de reversão ou cura...mais pra agradar aos familiares.
Soro, aspiração, debridação (retirada) das escaras, transfusão de sangue, antibióticos para as múltiplas e freqüentes infecções e “vitaminas”.
A insuficiência renal é comum, pelo que o paciente acaba ficando edemaciado (inchado) e mais remédios são administrados!
Quando o paciente já está no hospital, deve-se implorar aos médicos que prescrevam mais analgésicos para a dor; como se o pobre doente fosse ficar “viciado” em morfina!...ME POUPE!
Um pouco mais de bom senso, por favor...e mais humanidade da parte de alguns profissionais da área da enfermagem, não fariam mal algum a ninguém.
Será mesmo hereditário?
Acabaremos todos neste século morrendo deste mal?
Enquanto a medicina não descobre a cura, sofremos vendo nosso amado familiar ter uma morte lenta, que acaba sendo não só desejada, mas implorada a Deus, por mais que se ame o nosso doente!
Ontem enterramos meu cunhado José, vítima do mal de Alzheimer, depois de anos de sofrimento dele e da heroína de minha irmã Catia que o zelou como nunca vi da parte de um ser humano.
Quanta dedicação!!!
Boa viagem Zezinho, nosso amado pra sempre! .LUZ EM TUA JORNADA!
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