
É impressionante o trabalho que exige montar um espetáculo, principalmente quando este é de época...
Em se tratando de uma história REAL, como é o caso de “A FUGA”, que se passa em 1910, acho que fica mais difícil ainda!
Me levou mais de um ano investigar como a protagonista da história, - Diamantina – falava, qual seu tom de voz, seus gestos, como caminhava, que expressões usava, como se sentava...
Fiquei sabendo que apesar de ser uma pessoa muito simples, e analfabeta, não falava errado!
Dela, só existe uma foto...de rosto!
Baseada nessa foto, e pesquisando com as pessoas que a conheceram, fui montando seu figurino...
Soube que se vestia apenas de preto, branco e cinza: quase nenhum detalhe colorido!
Descobri que quando sorria, tapava a boca...
Soube que foi muito sofrida, que nunca usou nenhum acessório como brincos ou aneis!
Fiquei sabendo que ao sentar, sempre juntava bem os joelhos...
Era suave ao falar, muito recatada e acreditava fervorosamente em Deus!
Extremamente corajosa e decidida, nunca duvidou na hora de tomar decisões ou de
aconselhar seus filhos com relação ao que deviam fazer.
Deus...que TRABALHEIRA!
Mas...que PRAZER mergulhar no passado e na vida de uma pessoa que vou homenagear 100 anos depois de sua existência, época na qual mudou o rumo de toda uma família!
E na da peça e minha interpretação, vou TENTAR "ser" e parecer o
mais parecida possível a ela!
O medão aquele tá batendo...
No que fui me meter, ceús?!
Porque é que eu não prefiro ficar em casa vendo novela?!
Porque AMO fazer TEATRO, só por isso...
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