
Jantar de sexta-feira, num restaurante japonês, clima intimista, quase puxando pro romântico.
Espero pessoas para uma celebração.
Na mesa ao lado, um casal sentado lado a lado, ambos olhando pra frente, de cara pra parede.
A expressão física e emocional de ambos é de cansaço e tédio.
No meu (pobre) entender, jantar num restaurante com esse clima, no mínimo é pra conversar, botar as novidades da semana em dia e espairecer da correria da semana.
Ou no melhor dos casos, para celebrar algo...
“Estes”, nem sequer celebram mais a falta absoluta de vontade de fingir. De fingir-se. Nem se olham mais!
A única ligação que eles - ainda – têm é a filha de mais ou menos 5 anos. Ela fala, questiona, quer brincar, é tarde: noto que está cansada!Eles lhe respondem laconicamente: “fica um pouco quietinha, filha, por favor”...
Finalmente ela fala com o marido (coçando a cabeça) e ouço o seguinte:
“
Putz, chegando em casa ainda tenho que botar a roupa na máquina”.
Ele? Não responde e segue olhando pro nada e bebendo cerveja pós cerveja.
PUTZ!
Porquê não foram comer um bauru?
Porquê não ficaram em casa olhando pra tv?
Porquê não assinam de uma vez por todas, corajosa e libertadoramente o fim do amor,
da tesão, da esperança e até da amizade, que por vezes é tudo que resta a uma "
casal"?!
Ou será que algum parente morreu hoje e só por isso foram parar ali?
Quem sou eu pra julgar o que se passa na vida dos outros... Vá saber.
Fui ler um livro!
Beijossssssss
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